Por Ariane Boone Dias (Textos & Imagens), Faculdade Novo MilênioPor Alessandro Sangiorgio (Edição & Postagem), Faculdade Novo Milênio
No dia 17 de abril ocorreu a 7ª Romaria dos
Conquistas, protagonizada dentro do contexto da Festa da Penha de 2023. A ação
de extensão para o evento, previamente planejada pelo Grupo de Estudo e
Pesquisa Identidade Cultural no Espírito Santo (GEPIC-ES), o Polo Arte na
Escola FNM e a Coordenação do Curso de Pedagogia, consistiu na organização de
uma equipe de apoio com a finalidade de fornecer suporte para as mais de
dezessete bandas de congo, provenientes de diversas regiões do Espírito Santo.
Não somente na perspectiva de integrar os sujeitos a fim prestar um serviço
para a comunidade, mas também de proporcionar uma imersão na dialética
histórica, cultural e social que coexiste e perpassa por essa tradicional
festividade de fé e devoção.
Estiveram presentes no evento alunos dos cursos de
Pedagogia, Fisioterapia e Enfermagem da Faculdade Novo Milênio, além de
egressos que participaram em anos anteriores. Nesse sentido, vale ressaltar
que, desde a primeira edição da Romaria dos Conquistas, no ano de 2017,
planejam-se atividades extensionistas com a finalidade de proporcionar a
construção de vivências para com a diversidade cultural local. Nesta edição,
não foi diferente. Em consonância com esta perspectiva de imersão cultural
enquanto prática formativa, os participantes acompanharam as bandas na
procissão, ao som dos tambores, Casacas e de diversas músicas e ritmos
singulares que expressavam toda pluralidade do Congo capixaba.
Destaca-se que, a proposta engloba dois patrimônios culturais
imateriais do estado: O Congo e a Festa da Penha. Trata-se de um olhar
patrimonial que transcende o religioso, apesar de ocorrer em uma festa
católica. São duas manifestações culturais que remetem à formação desta
sociedade, evidenciando seu caráter multicultural e materializando sua memória
coletiva. Por isso, a importância de experienciar a contínua transformação
desses saberes e tradições se tona essencial, visto que estão diretamente
relacionados com o desenvolvimento do sentimento de pertencimento, com os laços
históricos e as práticas cotidianas próprias do lugar.
Portanto, a valorização da diversidade por meio dessas
ações surge como uma ferramenta primordial para fomentação de perspectivas
plurais sobre a construção da identidade no Espírito Santo. Tendo em vista que,
ao estimular o reconhecimento e promoção de suas raízes históricas, culturais e
sociais, através da inserção dos indivíduos no contexto sociocultural em que
ele se encontram, corrobora-se com a elaboração de novas percepções acerca da
pluralidade cultural que os cercam. Ter este olhar sensível, no que concerne às
diferenças que os constituem, enquanto grupo social, implica diretamente na
prorrogativa de formação cidadã, um dos princípios da Educação.
Acompanhe um pouco mais do evento assistindo os vídeos abaixo:
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